Domus Petra

O Barato que custa Caro!!!

O Barato que custa Caro!!!

O barato que custa muito caro! 

A busca por melhores preços na hora da compra é uma constante, e por que não dizer uma necessidade nos dias de hoje. É fato que na aquisição de qualquer produto ou serviço é muito importante a realização de pesquisas, tomadas de preço e comparações no sentido de obtermos as melhores negociações, evitarmos desperdícios ou mesmo o pagamento de preços abusivos por desconhecimento. 

No entanto o que se observa muitas vezes é um exagero e uma total falta de bom senso, em que o preço é colocado em primeiro lugar e acima de tudo. Inclusive em se tratando de serviços que exigem alto nível de qualidade, segurança e garantia. 

Um setor bastante complicado e que as queixas são praticamente senso comum é o de construção. Quando se fala em construir uma casa ou reformar já se sabe que “lá vem dor de cabeça”. 

Eu cresci em meio à construção civil, e até hoje acompanho meu pai na construção de casas de alto padrão. Já vivi e vi de perto várias histórias com final triste nesse setor, e para melhor ilustrar vou compartilhar um exemplo, que é bastante comum: 

Depois de muita labuta, economia e até privações João (nome meramente ilustrativo) decide construir sua casa própria, a “casa dos sonhos”. É claro que construir a casa própria, de acordo com o seu próprio gosto, é um privilégio para bem poucos, e que normalmente acontece apenas uma vez na vida. Bem, as coisas não são muito fáceis para João e sua família e todas as “fichas” serão apostadas nesse empreendimento. 

A casa deverá atender os mais variados anseios de moradia, pois será o local onde os filhos crescerão, e por que não os netos. João então planeja, economiza, estuda, calcula, e por fim projeta a tão sonhada casa. Ele escolhe os melhores materiais, capricha nos detalhes, pesquisa modelos e assim por diante. Afinal, é a sua própria casa, e ele deseja o melhor para para a sua família. 

Porém, quando chega a hora de definir o construtor, quem fará a execução do projeto de fato, ele acha por bem barganhar preço. "Pedreiro é tudo igual" pensa ele. E como o setor é bastante “corrompido” e desordenado, não lhe faltam alternativas com preços realmente atraentes. 

Continua a série de cálculos, soma daqui e dali, e João chega à triste conclusão de que provavelmente irá faltar dinheiro para finalizar o projeto por inteiro. E o que ele decide, então? O aparentemente óbvio: Contrata pelo preço, e escolhe o mais barato. 

Lá se foi outro cliente “hipnotizado” e iludido pelo preço baixo. "Tudo bem", digo ao meu pai, "Sempre haverá quem valorize a qualidade, a segurança e a garantia". 

O que resta agora é assistir o fim quase trágico do empreendimento do João. E para encurtar o exemplo vou citar apenas alguns dos vários prejuízos que aparecerão se, na melhor das hipóteses, a obra for concluída. São eles: desperdício de materiais de toda natureza; execução incorreta do projeto gerando retrabalhos e insatisfação, atrasos associados a novos desperdícios; redução do valor do imóvel devido à má qualidade final; além dos mais variados problemas técnicos que surgirão na forma de desagradáveis surpresas ao longo dos anos. 

Dramatizei muito? Pode ter certeza que não. Exemplos como esse, principalmente na prestação de serviços, são corriqueiros. 

Como eu disse em certa ocasião: “Você está achando caro contratar uma equipe de profissionais? Experimente contratar amadores.” Isso sim irá custar caro, muito caro. 

Ao contratar serviços pesquise, certifique-se da qualidade e garantia, e procure referências. Lembre-se que na maioria dos casos o Barato sai bem Caro! 

Fabiano Dell Agnolo - Nov/2013 

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